Após uma explosão no laboratório do sinistro dr. Knavik, a pobre Cecília é levada junto aos animais mutantes que fogem do local. Agora, cabe a Lúcia, sua irmã, a missão de usar as fórmulas nada secretas de Knavik para resgatar Cecília.
Fala, galera do Baú do Fliperama! Vamos conhecer esse fabuloso jogo Psychic World para Game Gear, um clássico injustiçado da Sega, vamos?
Se você não se lembra de qual foi o primeiro jogo de videogame que você jogou na vida, saiba que eu lembro muito bem.
A primeira vez que me deparei com o cartucho do Psychic World para Game Gear eu já sabia que ia amar. E amei!
É o tipo de jogo que reuniu tudo de bom em um só combo: uma ótima trilha sonora, bons gráficos, história bonita, história bem feita, história formosa, e um plot twist que hoje pode não ser tão incrível, mas naquela época, sim.
Psychic World é um jogo de plataforma de ação side scrolling lançado para MSX2, Game Gear e Master System, cuja protagonista é Lúcia, uma jovem que deve resgatar sua irmã das garras dos monstros.
No post de hoje, vamos falar um pouco dessa preciosidade dos games e, de quebra, você terá o link para jogar.
Bora lá!
A história de Psychic World para Game Gear
Lúcia e Cecília são duas irmãs que trabalham para o cientista dr. Knavik. Até aí tudo bem. Só que DO NADA, acontece uma explosão, os animais surtaram e conseguiram fugir. No meio do caminho, estava a Cecília, raptada sabe por quem??
...por um pássaro gigante da pré-história.
Sim, o cientista lá manipulava genes de animais para o bem da ciência – cof, cof –, mas esqueceu de avisar à Lúcia que alguns deles ganharam tamanhos imensuráveis.
A partir daí, só havia uma saída: dr. Knavik decidiu entregar um capacete chamado ESP Booster que conferia à Lúcia vários poderes ao longo da jornada. Só que esses poderes adicionais veem com o tempo, à medida em que Lúcia avança e coleta power-ups dos inimigos.
Psychic World foi o primeiro jogo da era 8-bits com uma protagonista feminina?
Não, afinal, o primeiro jogo com uma heroína surgiu em 1982, sob o nome de Wabbit, no mesmo ano que surgiu a Ms. Pac-Man, a namorada do ícone pop dos videogames.
Ainda assim, Psychic World foi o primeiro jogo a trazer uma protagonista feminina com missão de salvar a irmã.
Isso porque, até então, tínhamos a Samus Aran (Metroid) que estava lá numa guerra intergaláctica, além da Alis (Phantasy Star) que precisava salvar um sistema solar. Sem contar a guerreira mágica, Yuuko Asou (Valis), cuja missão era salvar a terra e a região de Vecanti, tomada por monstros.
Mas salvar a irmã ou qualquer pessoa da família era algo inédito, em se tratando de uma heroína.
Psychic World: apenas 4 mundos e nada mais!
Quando Psychic World foi lançado para o MSX2 no Japão (chamado de Psycho World), ele tinha 8 fases, caindo para 4 quando chegou no GG.
Assim, tivemos 4 mundos, entre eles a fase com essa linda rosa raivosa; a fase do fogo e do gelo; as ruínas de algum lugar; e um laboratório.
Você vai encontrar diferentes inimigos, todos saídos dos experimentos do dr. Knavik, como homenzinhos mutantes que surgem do chão, ciclopes, rosa selvagem, fogo voador, e até seres mitológicos. Uma loucura esse universo de animais que escaparam do laboratório, né não?
Nível de dificuldade: fácil/médio
O jogo começa a ganhar mais ritmo quando você precisa selecionar os poderes, um por vez, para fazer a mágica acontecer. Com o botão para baixo + pulo, você seleciona o power-up que quiser. É super fácil, até você encarar o chefão no final de cada nível.
Além disso, o uso de um power-up consome a energia ESP, então é bom testar para saber qual o poder é mais destruidor para o inimigo, assim você não perde tempo nem energia à toa.
Fora que esses power-ups ajudam a Lúcia a avançar no jogo. Por exemplo, vai chegar uma hora que você vai precisar derreter blocos de gelo ou criar blocos de gelo no cenário.
Contudo, você precisa tomar cuidado com um power up específico, que é o primeiro item que você coleta ao derrotar um monstrinho. Isso porque ele simplesmente te envia de volta ao início da fase (imagine você no meio de uma batalha, seleciona esse power up e sai de cena DO NADA).
Sobre a jogabilidade, eu achei que a Lúcia desliza muito fácil, o que pode atrapalhar em algumas cenas, como saltar em plataformas muito estreitas. Além disso, o jogo não contém continues, mas usando um emulador online você pode salvar a partir de onde parou. Amamos? Sim!
Acredito que Psychic World é melhor jogado no Game Gear do que no Master System, principalmente porque os gráficos também são melhores.
Por que Psychic World não teve sequência?
Não faço ideia. Tudo bem que Psychic World não é um Mario, um Sonic ou um Alex Kidd na vida, mas sem dúvidas, mora no meu coração. Pelo menos a versão para Game Gear (não joguei AINDA a versão do MSX) reúne bons gráficos, excelente trilha sonora, jogatina que exige alguma estratégia e um enredo envolvente.
Mas não houve sequência. Nem um MOD sequer. Uma injustiça, senhoras e senhores! Enquanto o Super Mario e Sonic tem uma coleção de hacks, Psychic World não parece ter agradado tanto os fãs a ponto de gastar tempo para criar um joguinho sequência.
Uma pena. Mesmo com fases reduzidas, é um jogo memorável e surpreendente, principalmente no final. Tanto a forma de salvar a Cecilia, quanto enfrentar o último dos vilões, o jogo se tornou inesquecível para mim.
Onde jogar Psychic World para Game Gear?
É possível jogar Psychic World na Arcadeflix, seja na versão Game Gear ou Master System. O jogo é totalmente online e você pode salvar o andamento do jogo e também jogá-lo em tela cheia.
Até a próxima jornada!
